sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Acabou pra você?

Bem, se você está lendo este artigo é porque o mundo não acabou. E é claro que não acabaria, ainda não. Pelo que sei, as inscrições esculpidas no século VII pelo povo Maia, guardadas pelo Instituto Nacional de Antropologia e História do México, ganharam destaque nos últimos anos por fazerem alusão ao fim do mundo, pois na pedra há uma referência ao final de um ciclo. Creio que é isso, chegamos ao fim de uma era, ao fim de uma etapa da vida. A cada fim de ano, são novas promessas, mas acredito mais em novas possibilidades. Sempre questiono, o que fiz este ano? O que valeu a pena? Eu acredito em mudanças, devemos acreditar, reivindicar por mudanças e lutar por elas. Não adianta viver reclamando, nem cruzar os braços e esperar que o mundo resolva sozinho seus problemas. No entanto, não sou diferente de inúmeras pessoas que procuram respostas para as angústias existenciais. O mundo moderno, segundo o filósofo Isaías Pessotti, “é particularmente ansiógeno. Ele é produtor de angústia a toda hora”. Pessotti lembra que angústia — palavra que tem a mesma raiz de ansiedade — está no centro do sofrimento existencial. E tudo se agrava com o fim de um ano, ou que seja o findar de uma era. Agora é enfrentar os desafios e os riscos que temos que passar justamente por estarmos vivos. Quem tem coragem, quem está aqui pra qualquer viagem? São poucos, bem poucos que vão enfrentar as tempestades, sem mediocridade. Nosso povo tem demandas políticas e necessidades de apoio e acolhimento diários e específicos de cada comunidade. Os políticos que se apresentam foram escolhidos e votados pelos eleitores sedentos de mudanças e querendo sempre mais. Estarão eles prontos a responder pelo desafio que se apresenta? Afinal, a gente não quer só comida, a gente quer bebida, diversão e arte! Portanto, seres que se acham acima dos demais. Vocês não são nada. A cidade de Contagem tem um prefeito, um ser humano que lutou e esbravejou em favor das minorias, mas que agora, à frente do governo municipal terá que defender a todos em igualdade, seja minoria, maioria, situação ou oposição. Não se faz um governo para alguns, mas para todos. Queiram ou não, quem comanda a cidade é o povo. Errado ou certo, com coragem ou na covardia terão que fazer o melhor para o nosso povo. Os competentes se estabelecem, os demais serão esquecidos. Quanto a mim, posso não ser nada, ou posso ser tudo. Ainda não encontraram um rótulo que me definisse. Um denominador comum que me prendesse e configurasse. Aquilo que chamam de rebeldia, eu chamo de coragem. Ao que chamam de falta de educação, eu chamo de verdade. As minhas palavras de baixo calão são, na verdade, a minha transparência. E nenhuma força virá me fazer calar, "sou o que soa eu não douro pílula". Ninguém é o centro do universo, e estamos todos aqui de passagem. Vou lutando, trabalhando e amando cada vez mais, mesmo que muitos não queiram, mesmo que você queira me derrubar, há algo além de tudo isso, algo além de todos nós que faz a gente sorrir, mesmo quando a vida diz: NÃO!

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