domingo, 29 de setembro de 2013

O Pateta e o pato

O pateta e o pato Lá vem o pato, pato aqui, pato acolá! Lá vem o pato para ver o que é que há! E o que é que há? O que acontece nesta nossa Contagem? O que ocorre nos bastidores da nossa cidade? Enquanto quem luta por uma cidade melhor, quem acredita no desenvolvimento socioeconômico faz a "Baderna Cultural" na cidade, quem deveria trabalhar, mesmo recebendo dinheiro público, mata o pato e não mostra o pau. Ao contrário, ri, com escárnio de todos... Sou aborrecidamente verdadeira, e isso cansa, irrita, a quem quer se esconder. O pato pateta pintou o caneco, surrou a galinha, mas não bateu no Marreco. Não é louco, o Marreco, no caso, é o nobre vereador, guerreiro, lutador, como eu. Quem não se dobra e não cede ao terror comunista, que, na verdade, nada tem de comunista, está mais para o capitalismo selvagem, adepto de cada um por si e Deus contra todos... Só pode ser um pensamento assim que faz um funcionário público que recebe mais de R$2.000 por mês cometer uma barbárie destas. O Tô no Rango é a cara deste governo atual. Um bando de gente que comanda, mas não sabe o que fazer, porque não foi preparada para tal. E a ignorância reina. Não precisou de o pato cair no poço, nem quebrar a tigela, mas ele foi pra panela. Num ambiente ecológico, onde se preza pela preservação, a ignorância do chefe do setor falou mais alto. Ela que é o maior flagelo da humanidade, está presente atualmente em Contagem. Temo, porque nossa cidade pode cumprir o que previa Rui Barbosa ao afirmar que: De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra; de tanto ver crescer a injustiça; de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus; o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto! É a vida que segue. E vamos nós, cidadãos de Contagem, nos indignando e postando nossos sentimentos e pensamentos nas redes sociais. Estranho seria um povo que não se comovesse ou não se indignasse. Sempre houve o câncer da corrupção na trajetória política de nosso país, mas como entender que um partido como o PCdoB, que sempre admirei, não lutar para extirpar esse câncer? Não seria esse o seu maior objetivo e sonho? Mataram o pato, levaram vantagem, mas saibam que a população está descontente com tanta sujeira. Nepotismo é mato, e os parentes dão gargalhadas até das ações do Ministério Público. Quem vai pagar o pato? Aquele que pulou no poleiro estava no lugar certo e quem o agrediu é que se apropriou do que não devia. Quem vai pagar o pato ? As crianças da cidade que estão sem merenda escolar? O Tô No Rango apronta, mata o pato, come e quem fica sem lanche são os alunos. Sabiam que o cardápio em várias escolas mudou para pior, agora é pão na terça, pão na quinta e na quarta-feira mingau doce. Uma mãe reclamou comigo e perguntou: o que há de nutritivo nessas merendas? Crianças carentes sendo lesadas e o gerente do parque ecológico recebe todo apoio do governo por que é partidário. Pra piorar, ameaçam os servidores do local, questionando quem denunciou a barbárie. O pato pateta acabou na panela. Pelo visto, agora é assim; abriu o bico, vai pra panela. É por isso que eu e o bloco das Poderosas estamos fora. O Fiscalizando Contagem é nossa arma, para resistirmos. Vamos resistir a esses que não querem a construção de uma sociedade livre, justa e igualitária, até porque dessa política eu entendo.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

PREPARA

Se eu pedisse para vocês citarem um segmento que está funcionando igual ou melhor do que na gestão anterior da nossa cidade de Contagem, qual vocês responderiam? È pra pensar mesmo. Sabe aquele papo de que encontramos a casa desarrumada e estamos trabalhando para por tudo em dia, pois é, este não cola. Todos nós lembramos e foi amplamente divulgado na imprensa que a transição de governo foi transparente e tranquila. Então o que os novos secretários estão fazendo? Devem estar preparados, agora é a hora! Já se passaram os 100 dias, já estamos quase no final do primeiro ano de governo e o que vi até agora foram inaugurações de obras iniciadas no governo anterior. E o pior, ainda tem obra parada que tinha previsão de inauguração em julho. Estamos vivendo o desgoverno. Infelizmente, há muita incompetência circulando nos corredores da nossa prefeitura. Meus caros, é olhando amiúde, nos erros cotidianos que podemos enxergar o desgoverno. Claro que queremos que melhore, mas tá complicado. Há ameaça de greve na Educação, e neste momento não vamos culpar os professores. Mas sim, um governo que pode deixar milhares de alunos desamparados sem professores, descumprindo a Magna Lei que afirma que o Estado deve garantir o acesso de todos a uma educação de qualidade. Todos sabem que a desoneração da folha de pagamentos é uma forma de redução de custos das empresas e é claro que seria da prefeitura também, seria, mas não é porque fazem justamente o contrário. A cada dia aumenta mais e mais a folha de pagamento da prefeitura com novos acordos tendo que serem cumpridos. Quem critica é condenado imediatamente e os bajuladores prosseguem sua rotina de “mamar” nas tetas do governo. Onde vou, dizem que eu deveria fazer o mesmo. Tarefa árdua, eu diria mesmo que impossível. Não consigo baixar a cabeça e aceitar tudo o que lhes convém. O ar está irrespirável e querem que eu faça como alguns imbecis e coloque uma máscara com um sorriso estampado e aceite a situação. Respeito a opinião legítima de quem é comunista e está satisfeito com o atual governo. Mas não deixa de ser uma opinião contestável, assim como a minha opinião também é. Preso pelo fim das hostilidades e a manutenção do direito de discordar. Vejam bem que não acho que todos que trabalham na prefeitura são bajuladores, tem muita gente boa que trabalha com vontade e determinação. Estes sim, fazem a diferença. Só fico triste por ver setores da prefeitura sendo devastados pela incompetência e inoperância de alguns comissionados que chegaram na cidade para destruir o que estava sendo construído, por outro lado, sei que nosso papel nesta sociedade está sendo cumprido. O grupo Fiscalizando Contagem, no Facebook, já é uma realidade e é respeitado na cidade. Democraticamente, vamos trabalhando, e hoje “meu exército é pesado e a gente tem poder” . O poder de dialogar, de debater, de apontar os erros e vibrar com os acertos. Enquanto os responsáveis político/administrativos parecem viver diariamente, exclusivamente, para alimentar seu ego pessoal, a cidade definha. Ah se não fossem os bravos críticos deste e de qualquer governo. Temos o direito de criticar e o dever de não faltar com a verdade. Que não levem as críticas para o lado pessoal. Tudo passa. Quem está hoje no poder amanhã poderá estar a criticar também. Não vou bater de frente, nem de lado, nem de forma alguma em ninguém. Nem repetir frases como um clichê político de quem se repete e age com ar de enorme sabedoria, mas no fundo está apenas atacando o outro. Agora faço parte do show, do show das poderosas. Por que se não tava mais a vontade, saí por onde entrei e quando começo a debater eu te enlouqueço. Portanto, “prepara, meu exército é pesado, a gente tem poder e ameaça coisas do tipo: VOCÊ

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Apesar de você

Apesar de você Por: Carolina Fernandes Leite Assessora Parlamentar Ao longo desta minha curta vida política, já vivi vários momentos de convergência. Em Betim, tinha amigos e professores que me incentivavam a votar no PT, enquanto meu pai preferia o PCdoB. Cresci sob essas boas influências, mas sempre quis ver o outro lado, o que outros podiam me oferecer, e foi assim que acabei participando da campanha vitoriosa do Carlaile Pedrosa (PSDB) em 2004. Nós partimos para essa campanha eleitoral com disposição para assumir toda e qualquer responsabilidade. Já em Contagem, trabalhei para eleger o então deputado Carlin Moura (PCdoB) à prefeitura. Estava feliz, enfim havia me aproximado dos ideais comunistas. Foi a minha primeira derrota. Não seria frustrante se não tivesse visto, no segundo turno, o PCdoB do Carlin negar tudo o que havia dito durante a campanha e apoiar a reeleição de Marília Campos (PT). Fiquei irada, vi ali tanta falsidade! Perdoei, engoli, pensando “como beber dessa bebida amarga, tragar a dor , engolir a labuta”. “Mesmo calada a boca, resta o peito”. O tempo passou, e o bicho da política já estava impregnado em mim, (começou na infância). Estou sempre atuante e, quando chega uma campanha eleitoral, fico desvairada. Tomo uma nova decisão que se baseia na proposta do candidato. Apoiei o PT e participei ativamente de outra campanha política. Nova derrota, mas desta vez um importante aprendizado: fui fiel até o fim, eticamente e de cabeça erguida. Digo tudo isso para tentar explicar aos meus amigos por que tenho que dizer a eles que fico. Fico onde estou, não serei candidata ao Conselho Tutelar de nossa cidade. Este foi um sonho que começou em 2009, quando perguntei ao meu amigo Gilbert Diniz quando teria eleição. De lá pra cá, vieram outros sonhos, e eu não quero usar o conselho como trampolim para nada. Estou realizando um trabalho dentro de um projeto que é importante e que tem como ponto de encontro o grupo “Fiscalizando Contagem”, criado no dia 1º de janeiro de 2013. É nessa perspectiva que quero prosseguir. Não estou disposta a criar factoides para autopromoção. Como essa hipótese levantada de que Carlin Moura vai coordenar a campanha à reeleição de Dilma. Hoje os comunistas viraram capitalistas, ou seja, para ambos, o que move o capital é a busca de lucros, isto é, a extração do máximo de mais-valia (Marx, 1988). E eu ainda sonho, acredito que a ideologia não desapareceu, mas a forma como ela se manifesta ganhou novas características, e, quando o povo foi às ruas, mostrou sua força. Eu senti que, “apesar de você, que hoje está no governo, amanhã há de ser outro dia”. Eu caminho com um objetivo de sonhar e “lutar, quando é fácil ceder, vencer o inimigo invencível, negar quando a regra é vender, sofrer a tortura implacável, romper a incabível prisão, voar num limite improvável, tocar o inacessível chão....” Continuo citando Chico Buarque “É a minha lei, é minha questão, virar esse mundo, cravar esse chão. Não me importa saber se é terrível, quantas guerras terei que vencer, por um pouco de paz”. Obrigada, Chico. Obrigada, amigos que me incentivaram. Continuaremos juntos. Há muito por que lutar.

terça-feira, 16 de julho de 2013

oração ao TEMPO

ORAÇÃO AO TEMPO És um senhor tão bonito Quanto a cara do meu filho Tempo Tempo Tempo Tempo Vou te fazer um pedido Tempo Tempo Tempo Tempo Compositor de destinos Tambor de todos os ritmos Tempo Tempo Tempo Tempo Entro num acordo contigo Tempo Tempo Tempo Tempo Por seres tão inventivo E pareceres contínuo Tempo Tempo Tempo Tempo És um dos deuses mais lindos Tempo Tempo Tempo Tempo Que sejas ainda mais vivo No som do meu estribilho Tempo Tempo Tempo Tempo Ouve bem o que te digo Tempo Tempo Tempo Tempo Peço-te o prazer legítimo E o movimento preciso Tempo Tempo Tempo Tempo Quando o tempo for propício Tempo Tempo Tempo Tempo De modo que o meu espírito Ganhe um brilho definido Tempo Tempo Tempo Tempo E eu espalhe benefícios Tempo Tempo Tempo Tempo O que usaremos pra isso Fica guardado em sigilo Tempo Tempo Tempo Tempo Apenas contigo e migo Tempo Tempo Tempo Tempo E quando eu tiver saído Para fora do teu círculo Tempo Tempo Tempo Tempo Não serei, nem terás sido Tempo Tempo Tempo Tempo Ainda assim acredito Ser possível reunirmo-nos Tempo Tempo Tempo Tempo Num outro nível de vínculo Tempo Tempo Tempo Tempo Portanto peço-te aquilo E te ofereço elogios Tempo Tempo Tempo Tempo Nas rimas do meu estilo Tempo Tempo Tempo Tempo

terça-feira, 25 de junho de 2013

As manisfestações

Para amar o Brasil, não é necessário ser patriota, não é necessário que a nação se supervalorize em relação às outras.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

E agora Carlin?

E agora Carlin? E agora, Carlin? A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou, e parodiando Carlos Drumnond de Andrade, e agora você? Você que é prefeito, que é um homem do Direito, você é que sem nome, que ama e já protestou, agora é vidraça, mas já foi pedra atirada nos vidros dos outros. Cadê seu discurso, cadê seu carinho pelo povo sofrido. "Já não pode beber, já não pode fumar, cuspir já não pode" e agora Carlin, pra onde você vai, se fica o que faz, se vai o que fica? A poesia de Drummond só vem abrilhantar o que temos a dizer sobre o nobre prefeito, ainda jovem, que assume uma cidade com grande potencial. Nossa Contagem, de nossa família, de nossos amigos. Cidade próspera e de gente bonita, diversa e florida. Gente que me faz forte, cheia de coragem e cada vez mais bonita. Meus amigos do Fiscalizando Contagem, nosso grupo do Facebook, de amigos que querem o melhor pra cidade, é por vocês que continuo escrevendo. Vocês sabem que juntos somos muito mais e vamos festejar a nossa luta de cada dia; porque somos um povo bonito que acredita e faz a hora, não espera acontecer. Não quero que o nosso prefeito se perca, ainda que saiba que o nobre Carlin Moura se perdeu nos conchavos políticos que teve que fazer para chegar ao poder. Ah Carlin, "se você gritasse, se você gemesse, se você tocasse, a valsa vienense", e mais, se você falasse o que queremos ouvir, teria ao seu lado fiéis apoiadores, nós do povo que só queremos uma cidade boa pra se viver. Mas você se cala, se fecha num muro comunista que outros já derrubaram há muito tempo. Neste momento, começo de governo, as acusações de erros na prestação de contas eleitorais são negativas, mas você poderá superá-las. Temo apenas porque sabemos como sempre acontece no Brasil, onde se alguém é filmado com a boca na botija, por que estava cometendo um crime, a preocupação de todos é saber quem filmou, aí deixam de investigar o ato criminoso e punir o culpado. Infelizmente, esse é o nosso Brasil. País que amamos, apesar de tudo. E eu quero é gritar, pra Contagem mostrar a sua cara, sem medo de ser feliz, sem medo de quem contesta, sem medo de quem aponta o dedo e diz que aqui pode melhorar. Porque eu sei que pode. E como podemos melhorar. Os atuais administradores devem ser muito tacanhos pra não enxergar o quanto podemos melhorar. Talvez sim, talvez não. Se ouvirem a opinião pública e pararem com a perseguição política, o ganhador da loteria eleitoral, o atual prefeito Carlin Moura, poderá dar um basta à infestação partidária e criar um caminho deixando de lado os oposicionistas de alma pequena e que todos possam pensar com a informação que chega ao seus cérebros. Criticar sim, pensar sim, censura não, oportunismo muito menos. Cassado ou livre, que o Carlin aja como o personagem de Guimarães Rosa e diga "eu quase não sei de nada, mas desconfio de muita coisa". E então desconfie, desconfie dos bajuladores, dos falsários e dos oportunistas. Afinal, nós que somos vistos como diferentes, como inimigos, nada mais somos do que gente, como canta Caetano Veloso "gente que quer comer, gente que quer ser feliz, gente que quer respirar o ar pelo nariz". *Este artigo foi escrito antes da decisão do TRE sobre as contas do prefeito Carlin Moura

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Artigo da Laura Medioli minha linda amiga, escrito pra mim:

PUBLICADO EM 04/04/13 - 00h00 Conheci minha amiga quando ela ainda estava por baixo. Nosso primeiro encontro, que era para ser rápido, estendeu-se por toda a tarde, assim como nossos choros, angústias e medos. Depois, outros encontros e aquela sensação de impotência que nos bate perante uma força que desconhecemos. O poço das drogas é bem mais fundo do que imaginamos. Além das vítimas, desmorona a família, o trabalho, a dignidade... Faz com que se esvaia por um caminho muitas vezes sem retorno. Mas minha amiga conseguiu ser mais forte; na última vez em que estivemos juntas, foi para rir. Elogiei sua nova aparência, sua pele, seu cabelo e seu salto escandalosamente alto, mas, principalmente, o seu ótimo astral. A batalha, que parecia impossível, foi superada. Hoje, cedo meu espaço a um depoimento corajoso e sincero, escrito com a alma e com o coração por essa minha amiga vencedora. O crack e eu "O meu único inimigo: o crack, droga que, sem sombras de dúvidas, é mais perigosa do que todas as outras juntas. Estive com ela, fomos bem ao fundo do poço, eu vi a luz bem no fundo, mas ela não brilhava, era fosca, tinha uma palidez, um tom acinzentado, um gosto de dor, sei lá. De poder avassalador e sobrenatural, o crack sempre vicia quando do seu primeiro experimento, e o que vem depois é tragédia certa. Crack e desgraça são indissociáveis e quase palavras sinônimas. O crack é a verdadeira degradação humana; me transformou numa espécie de zumbi naquele tempo. Nada de banho, nada de amigos; somente a vontade de fumar e nada mais. Eu via naquela poderosa droga, mais barata e acessível, a pretensa solução para resolver ou para esquecer meus problemas. Na verdade, eu sempre pensei que a droga nunca me dominaria e que eu fosse forte, até ria quando as pessoas falavam que eu estava viciada. Na verdade, eu não acreditava. O fracasso da política antidrogas do governo é estampado nos quatro cantos do Brasil. A cada reportagem, nós assistimos, atônitos, a pessoas adultas, jovens, adolescentes e crianças consumindo o crack, deitados no chão das praças, nas calçadas, debaixo dos viadutos, das marquises, sem se incomodarem com nada ou mesmo correndo em desespero, vivendo naquele mundo imaginário, sem perspectiva de vida alguma. Me vejo em cada um deles. Meninos e meninas na flor da idade se prostituem até por R$ 1 e praticam qualquer ato ou todo tipo de crime possível em busca do crack. Famílias inteiras se desesperam vendo os seus entes queridos buscando o fundo do poço pelo crack, e eu sem poder fazer nada... me dói tanto! O crack traz a morte em vida, arruína a vida dos seus familiares e vai deixando rastros de lágrimas, sangue e crimes de toda espécie na sua trajetória maligna. A fumaça altamente tóxica do crack é rapidamente absorvida pela mucosa pulmonar, excitando o sistema nervoso, causando euforia e aumento de energia ao usuário. Disso, advém a diminuição do sono e do apetite, com consequente perda de peso bastante expressiva - cheguei a pesar 39 kg, quando pedi ajuda. Até hoje, sinto o cheiro do crack e um medo que me traz as lembranças daquela aceleração ou diminuição do ritmo cardíaco, uma transformação total da normalidade física. Ainda quase não durmo e faço uso de medicação para esse fim. Não é fácil, uma luta a cada dia. O crack me destruiu em vida, ao ponto de eu perder o contato com o mundo externo, me tornando uma espécie de zumbi, ou morta-viva, movida pela compulsão à droga, que é intensa e intermitente. A dificuldade que o dependente do crack tem ao querer deixar o seu consumo é imensa e requer uma força de vontade fora do comum, diferentemente do que acontece com os usuários das outras drogas. O crime organizado continua investindo pesado no tráfico de drogas. Muita cumplicidade perversa promove e mantém o crack no seio da nossa sociedade. Tudo prolifera e floresce com muito arranjo sinistro. A política de repressão ao tráfico não está sendo suficiente para conter o avanço do crack. A polícia, apesar de todos os esforços empreendidos, com prisões e apreensões diariamente de muitos traficantes e de grandes quantidades de crack, não é forte o bastante para vencer essa batalha. Aliada a tais medidas governamentais, é necessária também a conscientização popular, principalmente na área da educação. Entre as formas de prevenir está a questão de oferecer atividades escolares extracurriculares que despertem mais a atenção dos estudantes, além de um convívio mais profundo e dialogado de alunos com professores, psicólogos e especialistas, assim como entre pais e filhos, para, enfim, lutarmos com todas as forças possíveis contra essa epidemia. Não podemos achar que a polícia e a medicina resolverão os problemas, que, muitas vezes, se iniciam nos lares, nas escolas, nas festas, enfim, afetando principalmente os jovens, mais expostos, por vários motivos, à atração do mundo das drogas. Eu pedi ajuda, porém, meus pais não conseguiam acreditar nas pessoas; me viam drogada, mas nunca me ofereceram ajuda, apenas choravam. Eu gritei por socorro e, mesmo assim, quase não fui ouvida. Muitos não têm força mais nem para gritar. Perguntem se precisam de algo, se querem ajuda, conversem com aquela pessoa que você acha que está envolvida nesse mundo podre. Uma palavra, às vezes, faz a diferença. Eu, Carolina Fernandes Leite, hoje, sou livre do crack, mas presa a ele em cada pessoa que vejo sofrer".

Rei morto, Rei posto

Rei morto, Rei posto Para onde vai Marília? O que fará Marília, a partir de 1º de janeiro de 2013? Justamente no ano do 13! Uma mulher nunca deixa de ser mãe, esposa, amiga, filha e profissional. Nunca. Eu sei bem disso. Mas, a pergunta que não quer calar é para vai a Altiva (alcunha que lhe dei durante este ano brilhante de seu mandato). Pensem o que quiserem, Marília não é uma mortal comum, depois de oito anos à frente da Prefeitura de uma das mais importantes cidades do país, Marília administrou com qualidade e sabe mais do que todos, pois teve o governo em suas mãos. O dia seguinte será uma novidade para a atual prefeita. Assim como o será para o prefeito eleito, Carlin Moura. Na foto amplamente publicada nos jornais, no momento da transição, aquele aperto de mãos entre os dois me deu um alerta. Será que ali estava a transição que Marília queria fazer? Pelo menos está fazendo de maneira ética, o que é excelente pra nossa cidade. Ela, que tão bem conhece a vontade popular, não voltará, contudo, a ser uma mera cidadã como outra qualquer. Andará pela cidade de cabeça erguida, mas com rumos políticos sendo traçados para ela, tanto pelo PT, como pelo imaginário popular. Governadora? Vice? Ministra de Dilma? São tantas possibilidades. Eu acredito que a passagem do cargo no dia 1º é uma forma simbólica de despojamento da coroa, do cetro e do manto. Será sacada uma cartucheira de elogios ao novo rei. Quantos já não estão fazendo de tudo para aparecer nas redes sociais, como o defensor único e primeiro do comunista que vai gerir nossa cidade. Os bajuladores são uns tipos asquerosos que não esperam acontecer para mostrar que já gostam. Os puxa-saco não deveriam existir. Mas é justamente nas empresas públicas, onde estão os vereadores, prefeitos, governadores e deputados que mais encontramos estes vermes, que levam os políticos a enxergarem somente o brilho do poder, em detrimento do trabalho. Como diria Carl Jung "quanto maior a luz, maior a sombra". Até Jesus foi contra os bajuladores e acabou com a hipocrisia dos fariseus dizendo: "Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim". Apesar da complexidade do momento de transição, não posso deixar de ressaltar toda a admiração que tenho pela Altiva Marília Campos. Ela conseguiu ainda me fazer enxergar em uma perspectiva ampla o que é este momento. Apesar dos percalços, a cidade está bem encaminhada. Percebemos o estabelecimento concreto de novas relações entre as mudanças políticas que se seguem, com suas possibilidades e limites. No momento crucial de assumir o novo governo que haja competência para livrar-nos dos bajuladores deslumbrados estabelecendo-se parâmetros de governabilidade, afinal, a cidade não pode parar. Por fim, que nossa cidade tenha o governo que merece, urge a necessidade de uma administração pública gerencial e funcional, para seguir em frente e solucionar os graves problemas relacionados a questões estruturais que as grandes cidades vivem. Problemas estes que estão numa complexa lista de mazelas sociais que ninguém vai resolver sozinho. O desfecho deste episódio só daqui a quatro anos. Para Marília, deixo a citação de Clarice Lispector: “Minha grande altivez: prefiro ser achada na rua. Do que neste fictício palácio onde não me acharão porque – porque mando dizer que não estou, ‘ela acabou de sair’. “ CAROLINA FERNANDES LEITE

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Vamos nos respeitar?

Através das redes sociais a gente reencontra amigos e familiares que estavam “perdidos”, conhece novas pessoas, se diverte, se atualiza, protesta enfim.... Contudo, uma coisa tem me chamado muito a atenção é a falta de limites que certas pessoas têm demonstrado e que nada mais são que a extensão da falta de limites que essas pessoas têm em qualquer lugar. Quando um comentário é grosseiro eu em particular respiro fundo e respondo que o espaço em específico do post é destinado para fiscalização do Município bem como para brincadeiras e não para alfinetadas. As redes sociais não deixam de ser extensões de nossos espaços reais, e eu me sinto invadida e incomodada com alguns comentários e atitudes que certas pessoas tomam, ainda mais pessoas que não conheço. Por certas vezes qualquer um de nós pode ultrapassar algum limite sem perceber e ok, fatos isolados podem ser perdoados. Mas a constância desse tipo de comportamento não é legal e pode indicar até mesmo algum tipo de transtorno psíquico. Liberdade com os outros, assim como a própria, se conquista. Se não dei, não tome. Se sinalizei o limite, não insista. Espaço e respeito, virtual ou não, todo mundo quer o seu e precisa saber conviver com o dos outros. É a velha máxima do “seu espaço termina onde inicia o meu”, lembrem-se disso. Quem é mal-educado e agressivo nas redes sociais também é na vida. Emitir opinião não precisa ser sinônimo de grosseria/intolerância/violência. Respeito é bom e todo mundo “curte”, caso contrário não espere de mim o mesmo.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Fiscalizando Contagem

https://www.facebook.com/groups/345624672200576/ Fiscalizando Contagem 2013 Tudo o que for relativo a atrapalhar todo e qualquer desenvolvimento da Cidade de Contagem.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Dias melhores

A cara do governo Carlin Moura foi mostrada para o público neste dia 1 , data da posse do secretariado, dos adjuntos e dos vereadores do nosso Legislativo. Quero falar sobre o novo governo sem o risco da tendenciosidade em relação ao presente. Gostaria de convidar os leitores a uma reflexão. Contagem tem uma base sólida que funciona (mesmo sob críticas) há cerca de oito anos num crescimento contínuo. Não se pode quebrar pela metade, jogar todo o trabalho fora e achar que dá pra “começar de novo”. O ideal é incrementar o que já funciona e trabalhar para melhorar. No início de seu mandato, Carlin Moura enfrenta a falta de experiência de muitos assessores, que não conhecem a administração municipal como um todo e, portanto, ainda vão pecar. Será preciso que o prefeito realize o maior intervencionismo que já vimos um gestor fazer na nossa cidade. Na linguagem popular, vai ter “que pegar no chifre do boi”. Esta gestão, do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), passou a representar um sopro de esperança muito grande no tocante à mudança voltada para o social e para as tais “novas prioridades”. O momento é de trabalhar, intensificar os esforços em prol da nossa cidade. A oposição precisa estar atenta, pode inclusive apontar os erros. Para todos, o momento é mais de ouvir, observar e aprender do que falar. A máquina pública precisa de pessoas competentes, independente de partido político. Afinal, o que a política faz é mostrar o corpo de doutrinas, indispensáveis, ao bom governo de um povo, dentro das quais devem ser estabelecidas as normas jurídicas necessárias ao bom funcionamento das instituições administrativas. O trabalho técnico é indispensável e está fora dos parâmetros político-partidários. Sem sombra de dúvida, a retaguarda dos políticos é justamente a eficiência dos trabalhadores de cada setor. A competência em escolher certo, vai fazer a diferença, já está fazendo. Creio que tem muitas peças mal colocadas. Mas neste tabuleiro ainda faltam peças fundamentais. O importante é que se busque uma organização tal que não seja necessário atuar na forma de bombeiros, acionando o socorro quando as chamas ou a fumaça já são visíveis em algum lugar. Para finalizar , que cada dificuldade seja uma motivação e que possamos acreditar que dias melhores, virão!