segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Morre minha Elis Regina

Sempre quis ter um gatinho. De patinhas e focinho cor de rosa. Até que um dia, fui ao mercado num momento infeliz e encontrei uma gatinha linda, de rabo peludo, meiga e a levei pra minha casa. Dormiu o dia inteiro no sofá e parecia estar bem contente com a nova família. Elis Regina, com apenas 50 dias de vida me fez muito feliz. Felicidade essa que logo acabou. Cheguei da faculdade e ela veio até mim, coloquei ela no colo por alguns minutos e acariciei sua carinha, ela fechava os olhinhos e miava, parecia que queria me dizer algo. Despedir-me dela e fui dormir. Quando acordei, fui tomar um banho e senti que ela não fora atrás de mim. Pensei que estivesse dormindo, logo surgiu Andréa que me perguntou? Você já viu a gatinha hoje? Preocupada, subi correndo e lá me deparei com a minha gatinha morta. Foi um dos piores momentos da minha vida. Sentei no meio fio em frente minha casa e passei alguns minutos chorando. Estou tão triste com a morte de Elis Regina e não sei como acalentar meu coração. Agora entendo o que disse Vinícius de Moraes : "Um gato vivo é qualquer coisa linda Nada existe com mais serenidade Mesmo parado ele caminha ainda As selvas sinuosas da saudade De ter sido feroz. À sua vinda Altas correntes de electricidade Rompem do ar as lâminas em cinza Numa silenciosa tempestade. Por isso ele está sempre a rir de cada Um de nós, e ao morrer perde o veludo Fica torpe, ao avesso, opaco, torto Acaba, é o antigato; porque nada Nada parece mais com o fim de tudo Que um gato morto." Sex, 30 de Maio de 2008 09:29 autores.com.br

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